terça-feira, 24 de junho de 2014

Teleférico da Providência começa a transportar passageiros neste domingo



Moradores aproveitam estação sem uso para bater bola. GôndolasaMoradores aproveitam estação sem uso para bater bola. Gôndolasa Foto: Thiago Lontra / Extra
Geraldo Ribeiro
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A demora foi tanta que o estivador Jorge Luiz Soares, de 53 anos, custa a crer que no próximo domingo poderá, enfim, fazer sua primeira viagem no Teleférico da Providência. Esta é a data marcada para que o sistema entre em operação. As gôndolas vão encurtar as viagens da Central do Brasil e da Gamboa até o alto da comunidade. Pronto há cerca de um ano, o funcionamento estava emperrado, esperando apenas a definição de quem seria o responsável pela operação do serviço.

 

Jorge Luiz hoje leva meia hora para subir o morroJorge Luiz hoje leva meia hora para subir o morro Foto: Thiago Lontra / Extra

 

Decreto do prefeito Eduardo Paes publicado ontem no Diário Oficial colocou um ponto final na longa espera. A gestão ficará a cargo da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp); e a manutenção, por conta da Concessionária Porto Novo.

Os moradores ainda não poderão contar com o serviço o dia inteiro. A implantação do sistema será em quatro fases, ainda sem duração definidas. As três primeiras são para testes e treinamento de pessoal, com circulação em horário reduzido. As viagens iniciais com passageiros estarão limitadas a duas horas diárias, de segunda a sexta-feira, segundo a Cdurp.

 

Teleférico está em fase de testes sem passageiros por enquantoTeleférico está em fase de testes sem passageiros por enquanto Foto: Thiago Lontra / Extra

 

Uma cartilha distribuída aos moradores avisa que não haverá cobrança de tarifa para a viagem, que deve ser feita em cinco minutos. As 15 gôndolas utilizadas no transporte da população já começaram a ser testadas. Cada uma tem capacidade para levar oito usuários sentados e dois em pé.

— A expectativa é grande, mas prefiro esperar. Afinal, dizem que quem espera sempre alcança — afirma o estivador, que faz em meia hora a subida íngreme até o Largo do Cruzeiro, onde mora.

Para Daniele Rodrigues, de 32 anos, o início da operação do teleférico representa o fim da longa espera nas filas das kombis, que cobram R$ 2,50, para levar moradores ao alto da favela.

— Como são poucas para atender muitos moradores, as filas são inevitáveis, principalmente no fim da tarde. Na pressa, muitas vezes prefiro subir a pé. O teleférico vai melhorar muito a vida da gente — acredita.

 

Daniele acredita que a vida vai melhorar muito, sem ter que enfrentar as filas para a kombiDaniele acredita que a vida vai melhorar muito, sem ter que enfrentar as filas para a kombi Foto: Thiago Lontra / Extra

 

Com um sistema que tem 721 metros de extensão, o teleférico poderá transportar até mil pessoas por hora, em cada sentido. A obra custou R$ 75 milhões. Uma viagem teste chegou a ser feita pelo prefeito, no ano passado.

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